Resumo do Racha - 05/06/2010 - Por Marcelo Funa

Estamos às vésperas do segundo maior evento esportivo do planeta. Dentro de cinco dias, o mundo inteiro vai parar para acompanhar a Copa do Mundo de Futebol. Porém, como o “Blog do Racha” está descapitalizado e logo sem verba para me enviar á África, tive a sorte de ser escalado para cobrir, este sim, o melhor e mais importante evento futebolístico do Mundo: Nossa Pelada. Coincidentemente, trinta e dois jagunços estiveram presentes ao racha neste último sábado, mesmo número de seleções que disputarão o mundial. 

Por ser o primeiro sábado do mês, alguns “pau-mandados” não puderam comparecer. Fabiano por exemplo, acordou cedo para fazer compra no Guanabara,  aproveitando assim as melhores promoções. Leite esteve  presente nos dois últimos rachas e sua ausência neste fim de semana  era mais do que esperada. Marcio, assim como a copa do mundo, só aparece em quatro em quatro anos e como já esteve conosco este ano é bem possível que retorne apenas em 2014.

Porém, o que despertou interesse neste sábado não foi às ausências de nossos amigos bananas. Cerca de 10 virgens  estiveram conosco pela primeira vez. E dentre eles, um chamou a atenção pela fisionomia, ou melhor, pelo “escornio” muito parecido com Mogli e cujo nome era: Mauricio Junior. “Era”, porque em nosso racha o nome que vale é o de “batismo” e não  aquele que aparece no documento. O nome de registro e a semelhança com o “menino da selva” já eram fortes indícios de que aquele caboclo era mais um, dois quatrocentos e cinqüenta e tantos filhos que Maurição tem espalhado pelo mundo, mas não o suficiente. Tínhamos que tirar a prova dos nove. Ao ser perguntado para que time torcia, Tarzan, alcunha pela qual  alguns colegas batizaram a criança, respondeu puxando um calção do botafogo da bolsa. Não restava mais duvidas. O “chimbrote” era mesmo filho de Mauricio ou se preferirem Maudicesar. Outro destaque foi Jet Li, amigo que  Madson conheceu na China durante seu treinamento pra Buda e que a rapaziada cismou de apelidá-lo de “funinha” numa referência a minha pessoa.
Após o momento “Casos de Família” ou alguma coisa do gênero, demos procedimento ao culto. E foi durante a devocional que me surpreendi com o penteado “emo” de Kaká. Tudo bem que o cara é homosexual metrosexual, mas fazer chapinha pra jogar bola é muita viadagem. Ao final do culto eu e Dhiogo acompanhado pelo auditor da semana Maurição, realizamos o sorteio em nosso famoso sistema anti-fraude. Por obra do destino, quis a sorte que eu, Dihogo, Kichut, Willians e Walder caíssem no mesmo time. A sorte também foi generosa com o time de Maurição, colocando ele, Saul, Babu, Antonio e Tarzan na mesma equipe. Embora algumas desconfianças com o sorteio, não houve muitas reclamações e assim,  demos inicio a pelada.  E de cara o time de Babu e cia não tomou conhecimento da fraca equipe liderada pelo xepeiro Marcelão. O destaque do primeiro racha foi um convidado de Ricardo que jogando de tênis não conseguia parar em pé. A cada toque que ele dava na bola a torcida cantava: “cai, cai balão, cai, cai balão, aqui no pecadão”. Aliás, ao lado de Saul, o balão japonês como ficou conhecido o garoto, protagonizou uma das cenas mais engraçadas da pelada. Os dois caíram  de cara naquele charco que se criou abaixo do poste da arbitragem e levantaram com a boca cheia de merda. No segundo jogo outra goleada. Desta vez do time liderado por Walder. Embora Kichut tenha feito dois gols, Dihoguinho foi o grande nome da partida com três assistências. Só que Dihogo parou por ali. A cada intervalo de partida, o salgadeiro de Maricá tragava um veneno, prejudicando assim, sua atuação nas demais partidas e  fazendo juz ao apelido de “Five Minutes”. Mesmo com Dihogo e Willians numa manhã irreconhecível, o time continuava vencendo. Por outro lado, o time de Babu e Maurição contiunava dando show. Jogadas de efeito, gols de letra, de cabeça, enfim os coroas jogaram o fino da bola, não perderam e nem empataram uma partida se quer, e por isso mereceram a indicação de todo o time ao prêmio de bola cheia. 

Já para o prêmio de bola murcha da semana o que não falta é candidatos. Willians como citei acima, apesar de jogar num dos times mais fortes do racha, não conseguiu apresentar seu futebol exuberante e por diversas vezes isolou a “Jabulani “ no mato. Outro que estava uma desgraça só foi Léo Lima. É verdade que o clone do jogador São Paulino jogou ao lado de um monte de babas, porém apresentou um futebol ridículo, mesmo quando conseguiu uma vaguinha na seleção de Walder, Kichut e cia. O terceiro candidato é meu amigo Marcelão. Do lado de fora, o pai de Buddy parecia até uma vuvuzela. Fez uma barulho danado. Cantou o jogo, sacaniou os amigos, parecia até o rei da selva, porém quando entrou em campo, virou um gatinho. Perdia a bola, colocava a mão na perna. Errava um passe,  arrancava meia dúzia de cabelos. Se a bola não chegava, colocava a mão na cintura. Mas quando chegou o rachão em que todos estavam se arrastando em campo, o nosso craque voltou a soprar a vuvuzela. Fez gol, tirou onda com todo mundo. Me fez lembrar aquela rapaziada que adora uma xepa na feira. Compra tomate podre, mas se gaba porque pagou barato. 
Pra finalizar, peço aos amigos que orem pelo nosso amigo Buddy. O vira-lata de Marcelão saiu do Lar Batista urinando (mixando) sangue e foi direto para um veterinário.  Bom é mais ou menos isso aí. Se esqueci de alguma coisa, fica pra vocês registrarem nos comentários. Um forte abraço a todos e até sábado.